
Prefeito de Palmelo diz que ex-servidor desviou quase R$ 5 milhões dos cofres públicos
Ex-secretário trabalhava há alguns anos na prefeitura, mas começou a levantar suspeitas quando passou a ter uma vida incompatível com o salário
Ex-secretário trabalhava há alguns anos na prefeitura, mas começou a levantar suspeitas quando passou a ter uma vida incompatível com o salário
O prefeito de Palmelo (GO), Renato Damásio Resende (Podemos), publicou um vídeo em que fala sobre o ex-secretário de Finanças da cidade, Gilmar Martins Dias Júnior, investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) por suspeita de desviar quase R$ 5 milhões dos cofres públicos e ostentar. A gravação é do fim de julho.
Segundo o prefeito a veículos de comunicação de Goiânia, ele foi quem denunciou o ex-servidor à corporação. Além disso, informou que o homem deixou carro importado e escritura de casa na prefeitura após a exoneração, em 25 de julho, mesmo dia das denúncias também ao Ministério Público e ao Judiciário.
Gilmar trabalhava há alguns anos na prefeitura, mas começou a levantar suspeitas quando passou a ter uma vida incompatível com o salário. Ele tinha veículos de R$ 500 mil, casas com negócios e estaria “ostentando muito”, conforme o prefeito. “Pedi para fazer uma minuciosa pesquisa rápida e logo a gente detectou já quase R$ 2 milhões [de desvios].”
Foram cerca de 15 meses de crime, ocasião em que o então servidor falsificava extratos bancários para camuflar a situação, informou Renato. O esquema ocorreria quando o ex-secretário pagava os salários da prefeitura e fornecedores. Isso, porque o banco pedia duas senhas (uma dele) e o investigado solicitava o bloqueio e conseguia duas novas, garantindo o acesso aos valores, segundo apurado.
“Conseguimos pegar dois veículos dele e resgatar R$ 70 mil, mas logo ele sumiu e não apareceu mais”, disse o prefeito nas redes sociais. “Vínhamos trazendo as contas equilibradas para pagar precatórios, fim do ano, que são valores altos. Estamos aqui e já comunicamos os órgãos competentes.”
A defesa do ex-secretário, por sua vez, diz que “ele considera que está sendo vítima de uma perseguição, sendo colocado como bode expiatório de uma situação que ele nunca deu causa”. Reforçou, ainda, que o servidor “atuou de forma regular como secretário de Finanças e oportunamente apresentará a defesa dele e os demais esclarecimentos necessários para desmentir toda essa situação”.
Secretário de Finanças desde fevereiro de 2024, o salário de Gilmar era de R$ 5 mil mensais, conforme o portal da transparência.