Brasil, 12 de agosto de 2025
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Gêmeas siamesas de Manaus recebem alta em Goiânia após mais de 100 dias de internação

Elas nasceram unidas pelo tórax e abdômen e foram separadas com sucesso há cerca de três meses por equipe do cirurgião pediátrico Zacharias Calil

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As gêmeas siamesas de Manaus (AM) receberam alta médica no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, no último sábado (9), após 107 dias de internação. Já a alta hospitalar de Eliza Vitória e Yasmin Vitória aconteceu no domingo (10).

Elas nasceram unidas pelo tórax e abdômen e foram separadas com sucesso há cerca de três meses por equipe do cirurgião pediátrico Zacharias Calil. O procedimento aconteceu em 13 de maio, com duração de cerca de cinco horas.

Eliza e Yasmin nasceram em 9 de abril, em Manaus (AM), e foram diagnosticadas como toracoonfalópagas, compartilhando o mesmo fígado. Elas já vieram para Goiânia aos 15 dias de vida e passaram a ser acompanhadas por uma equipe multiprofissional do Hecad. Após a cirurgia de separação, elas permaneceram internadas na UTI pediátrica até o fim de junho e, depois, seguiram para a enfermaria.

Durante o período, elas foram acompanhadas pela mãe, Elizandra Henrique, e pela avó materna, Eliana Henrique, que residiram na unidade como acompanhantes. No sábado, no momento da alta, os profissionais do Hecad se reuniram para cantar parabéns pelo quarto mês de vida das meninas. No domingo, elas se despediram da equipe e seguiram para Manaus.

“As meninas venceram a batalha e, depois de ver que estavam totalmente preparadas para casa, liberei a alta para que pudessem, junto de sua mãe e avó, celebrar o Dia dos Pais com a família. Agora elas poderão seguir com a vida normal de uma criança, claro, com alguns cuidados especiais, mas fora de perigo, saudáveis e independentes uma da outra”, afirmou Zacharias.

“A felicidade de voltar para casa não tem tamanho. Só tenho a agradecer a todos os profissionais do hospital, que ajudaram a dar esperança de um futuro para minhas filhas. O que antes eu via como uma luz no fim do túnel agora é um dia lindo e ensolarado. Esses mais de 100 dias foram de muita luta, mas sempre encontrei forças e amparo no ombro e nos abraços de cada profissional de saúde que passava por nós todos os dias. Vou levar o Hecad para sempre no meu coração e espero voltar para visitar quando as meninas estiverem maiores”, disse a mãe.