
Aliados de Motta querem a suspensão de deputados que participaram do motim
Parlamentares obstruíram os trabalhos por 30 horas
Parlamentares obstruíram os trabalhos por 30 horas
Os deputados bolsonaristas que fizeram um motim na Câmara e obstruíram os trabalhos por 30 horas ainda podem ser punidos. Líderes aliados ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendem que ele deve seguir a ideia de sancionar aqueles que o impediram de sentar na cadeira, quando subiu à Mesa Diretora, na quarta-feira (6).
Deputados como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Polon (PL-MS) permaneceram nas cadeiras, enquanto outros dificultaram a chegada do presidente ao local. Motta chegou a desistir de sentar. Ele recuava, quando foi impedido por líderes que o acompanhavam.
Auxiliaram o presidente Dr. Luizinho (PP-RJ), Isnaldo Bulhões (MDB-AL), Mario Heringer (PDT-MG) e o vice-presidente da Casa, Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Os aliados defendem punição de suspensão até seis meses para aqueles que não quiseram recuar da ocupação do plenário, além de condutas analisadas pelo Conselho de Ética.
Na quinta-feira (7), os partidos PT, PSB e PSOL com pedido na Mesa Diretora da suspensão sumária por quebra de decoro parlamentar, por seis meses, dos mandatos de cinco deputados do PL: Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC).
“A ação foi premeditada, coordenada e executada com o intuito de obstaculizar o regular exercício do Poder Legislativo, valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos como adesivos na boca, compondo uma encenação de ‘censura’ que distorce e subverte o debate democrático”, diz trechos do pedido.
O motim foi motivado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre as exigências, o projeto de anistia para os envolvidos no 8 de Janeiro na Câmara o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no Senado. Nenhuma das duas avançou.
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