Brasil, 09 de agosto de 2025
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Justiça mantém prisão servidora acusada de usar dinheiro público de Goiânia para ‘bruxaria’

Defesa alegou problemas psiquiátricos e juiz permitiu atendimento médico e entrada de remédios

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A Justiça manteve, na quarta-feira (6), a prisão da servidora da prefeitura de Goiânia suspeita de uma série de pagamentos ilícitos realizados por uma conta do município que somaram R$ 425 mil. Presa na terça-feira (5) em Operação da Polícia Civil, Helenice Evangelista de Souza teria desviado o dinheiro público para pagar gastos pessoais, além de supostamente contratar um “serviço de bruxaria”.

Durante a audiência, a defesa de Helenice alegou problemas psiquiátricos. O juiz Inácio Pereira de Siqueira determinou atendimento médico e a permissão para entrada dos medicamentos da suspeita. Segundo o advogado da acusada, Roberto Rodrigues, a equipe dele ainda não teve acesso ao inquérito. Afirmou, ainda, que fará o pedido de revogação da prisão. “Ela está fragilizada e já estava sendo medicada. Tem depressão e síndrome do pânico. Sobre o inquérito, nós já pedimos.”

Sobre a operação, conforme a corporação, a servidora teria realizado 14 pagamentos fraudulentos neste ano, por meio de inserção de dados falsos no sistema contábil. As irregularidades foram inicialmente identificadas pela Controladoria Geral do Município.

A PCGO informou que, entre os beneficiários, estão uma mulher que presta serviços de bruxaria (presa em Alagoas), uma associação desportiva, uma farmácia registrada em nome da cunhada da investigada (também detida), além de pagamentos de faturas de cartões de crédito de titularidade da própria servidora municipal. A corporação também obteve autorização da Justiça para bloqueio de valores nas contas dos investigados e a suspensão do exercício das funções públicas por parte da funcionária do município.

Helenice exercia a função de gerente de execução financeira no município. Até 2022, ela atuava como assessora especial, época em que subiu de cargo. Ela já foi exonerada.