
Desobstrução da Câmara acontece com ajuda do ex-presidente Arthur Lira
Líderes do centrão recorreram a ele, na quarta-feira (6), na guerra promovida por bolsonaristas para parar o Congresso
Líderes do centrão recorreram a ele, na quarta-feira (6), na guerra promovida por bolsonaristas para parar o Congresso
A desobstrução da Câmara dos Deputados aconteceu com ajuda do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Líderes do centrão recorreram a ele, na quarta-feira (6), na guerra promovida por bolsonaristas para parar o Congresso, nesta semana.
Para isso, PP e União Brasil se comprometeram a apoiar a anistia ao 8 de Janeiro e o projeto que limita o foro privilegiado para diminuir o alcance do Supremo Tribunal Federal (STF) a parlamentares. A sessão só foi aberta pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) após às 22h, mas nenhuma proposta foi votada.
“Vivemos uma série de acontecimentos recentes que geraram um sentimento de ebulição nesta Casa. É comum? Não. Estamos em tempos normais? Também não. Mas é justamente nesses momentos que não podemos negociar nossa democracia e o que esta casa representa: a capacidade de dialogar, de enfrentar os debates necessários e de permitir que a maioria se estabeleça”, disse.
Os protestos ocorreram após o ministro do STF Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Além das pautas citadas, os bolsonaristas também pedem o impeachment do magistrado.
Motta chegou a ameaçar com a suspensão do mandato aqueles que permanecem no plenário para impedir os trabalhos, mas bolsonaristas permaneceram. A solução só veio após a articulação, principalmente, de Lira. Não há garantias, contudo, de que as pautas de fato irão avançar na Casa, sobretudo com a irritação causada ao atual presidente.
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