Brasil, 06 de agosto de 2025
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Goiás

Padre que era servidor fantasma da Assembleia Legislativa vai devolver R$ 1,3 milhão aos cofres públicos

Pelo termo do acordo, fechado em julho, o religioso restituirá ao erário R$ 1,397 milhão, parcelados em 48 vezes. O caso veio à tona há mais de dez anos e foi veiculado no Fantástico

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O padre Luiz Augusto Ferreira da Silva, que ficou famoso por ser Aservidor fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás, firmou acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para encerrar ação por improbidade administrativa relacionada ao período em que embolsosou salários sem comparecer ao trabalho.

Pelo termo do acordo, fechado em julho, o religioso “Gasparzinho” restituirá ao erário R$ 1,397 milhão, parcelados em 48 vezes. O caso veio à tona há mais de dez anos, após reportagem do jornal O Popular revelar que o padre não cumpria expediente desde 1995, mas recebia salário – que, em 2015, chegava a R$ 11,8 mil.

A denúncia ganhou repercussão nacional quando foi exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo. Na época, o padre declarou que, caso fosse obrigado a devolver o dinheiro, seria preso por não ter recursos.

Hoje aposentado com proventos de R$ 17 mil, ele reverteu em 2020 uma ordem de demissão e voltou ao cargo na Alego antes de se aposentar. O advogado Paulo Vaz afirma que o pagamento do acordo será possível graças a contribuições de amigos e familiares, e há informações de que fiéis da Paróquia Santa Teresinha, em Aparecida de Goiânia, planejam vaquinha para ajudar.

Segundo o MP-GO, o religioso recebeu de forma indevida R$ 4,5 milhões (valores corrigidos) ao longo de 20 anos, período em que foi lotado em gabinetes de deputados, na presidência da Casa e até cedido ao Sindicato dos Servidores do Legislativo (Sindisleg), sem exercer função efetiva.

O acordo firmado pwlo padre integra uma série de acertos celebrados pelo MP-GO com outros dez réus do mesmo processo, entre eles quatro ex-presidentes da Alego, que totalizam R$ 2,52 milhões em ressarcimento e multas.

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