As novas tarifas afetam 95 categorias de produtos, totalizando mais de 3,8 mil itens, segundo dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA
O tarifaço sobre produtos brasileiros decretado pelo presidente dos EUA, Donald, entrou em vigor partir desta terça-feira (6). A medida estabelece uma sobretaxa de 50% sobre mercadorias nacionais, seguindo o cronograma definido pelo governo norte-americano em 30 de julho. As novas taxas afetam 95 categorias de produtos, totalizando mais de 3,8 mil itens, segundo dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA, que levam em consideração as vendas do Brasil para os EUA no último ano.
O Brasil foi o país que recebeu o maior percentual de tarifas adicionais. Em 30 de julho, foi anunciada a elevação de 40% sobre a sobretaxa de 10% já vigente desde abril. Ficaram de fora desse aumento 694 produtos brasileiros, como suco de laranja, aviões, castanhas, gás natural e fertilizantes — um conjunto que representa cerca de 45% das exportações do país para os EUA, segundo a Câmara Americana de Comércio no Brasil.
De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio Exterior, a sobretaxa de 50% afetará 35,9% das exportações brasileiras para o mercado americano. Com base nos números de 2024, o impacto equivaleria a US$ 14,5 bilhões. O efeito não será ainda maior graças à lista de cerca dos 694 itens excluídos. A Embraer, fabricante de aeronaves, também obteve redução na alíquota.
O Brasil, no entanto, não ficará sozinho por muito tempo sob tarifas elevadas. Já nesta quinta-feira (7) outros países — como Japão, Coreia do Sul e membros da União Europeia — também terão aumentos nas taxas para exportar aos EUA. Nenhum deles, porém, será atingido com percentuais tão altos quanto os aplicados ao Brasil.
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