Brasil, 04 de agosto de 2025
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Governo Trump condena prisão domiciliar de Bolsonaro e chama Moraes de violador de diretos humanos

O Escritório do Departamento de Estado norte-americano disse que Moares usa instuições para "silenciar a oposição e ameaçar a democracia: deixem Bolsonaro falar"

Publicado em atualizado às 22:27

O governo dos Estados Unidos condenou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A medida foi anunciada após o descumprimento de medidas cautelares por parte do ex-mandatário, que utilizou as redes sociais durante manifestações realizadas no domingo (3).

Em nota no X, o Escritório do Departamento de Estado norte-americano para Assuntos do Hemisfério Ocidental criticou duramente a decisão da Corte brasileira. “O juiz Moraes, agora um violador de direitos humanos sancionado pelos EUA, continua a usar as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia”, escreveu o órgão da gestão Donald Trump.

O texto prossegue: “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar! Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem e forem cúmplices da conduta”.

Segundo o ministro do STF, a prisão foi decretada após a veiculação de falas do ex-presidente, gravadas por telefone, durante os atos do fim de semana, e posteriormente publicadas nas redes sociais por seus filhos e apoiadores. Para Moraes, o conteúdo das mensagens revela tentativa de coagir a Suprema Corte e obstruir a Justiça.

“Não há dúvida de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio, ostensivo, à intervenção estrangeira no Poder Judiciário Brasileiro”, escreveu o ministro na decisão.

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