
Sem Bolsonaro, ato na Paulista reuniu 37,6 mil pessoas
Manifestação de 29 de junho liderada pelo ex-presidente teve 16,4 mil apoiadores
Manifestação de 29 de junho liderada pelo ex-presidente teve 16,4 mil apoiadores
O ato em defesa de Bolsonaro (PL) e da anistia aos condenados do 8 de Janeiro, e contra o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, na avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (3), reuniu 37,6 mil manifestantes. Os números foram divulgados pelo Monitor do Debate Público do Meio Digital, da USP.
Apesar de não contar com Bolsonaro e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ato superou a manifestação de 29 de junho, quando o ex-presidente reuniu cerca de 16,4 mil apoiadores. O ex-chefe do Executivo ficou fora do evento, pois precisa obedecer a um toque de recolher nos fins de semana. De segunda a sexta-feira, ele deve ficar em casa de 19h às 7, conforme determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na Paulista, políticos de direita se revezaram em discursos inflamados no trio elétrico. O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou: “Ele [Bolsonaro] não pode falar, mas nós vamos falar por ele. Estamos representando os dois maiores políticos do Brasil: Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Estamos em guerra e não vamos parar”.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou diretamente Alexandre de Moraes: “Quem tem que usar tornozeleira eletrônica é o Alexandre de Moraes”. Ele também anunciou que apresentará nesta semana o 30º pedido de impeachment contra o ministro e convocou uma nova manifestação para o próximo 7 de setembro, novamente na Paulista.
Também participou dos discursos o pastor Silas Malafaia, que chamou Moraes de “criminoso”. Encerrando o evento, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, elogiou a adesão popular e agradeceu a presença de autoridades como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, mas evitou citar o nome de Moraes.
Como não participou presencialmente, o ex-presidente acompanhou os atos remotamente, por videochamadas e transmissões ao vivo feitas por aliados em diferentes regiões do país.