Bolsonaro não participou dos protestos, em razão das medidas cautelares impostas por Moraes, que o impedem de sair de casa nos fins de semana. Ainda assim, o ex-presidente acompanhou os atos remotamente, por videochamadas e transmissões ao vivo feitas por aliados em diferentes regiões do país
Manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro foram registradas neste domingo (3) em pelo menos nove capitais brasileiras. Os atos reuniram apoiadores vestindo verde e amarelo, que defenderam a anistia ao ex-presidente e seus aliados, além do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal.
Bolsonaro não participou presencialmente dos protestos, em razão das medidas cautelares impostas por Moraes, que o impedem de sair de casa nos fins de semana. Ainda assim, o ex-presidente acompanhou os atos remotamente, por videochamadas e transmissões ao vivo feitas por aliados em diferentes regiões do país.
O principal ato biolsonarista aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo, onde 37 mil pessoas se concentraram ao longo da tarde. O local ficou tomado por bandeiras do Brasil, faixas pedindo anistia e críticas ao STF.
No trio elétrico, políticos de direita se revezaram em discursos inflamados. Ao contrário de outras manifesrações, nenhum governador participou. Tarcísio de Freitas, que governa São Paulo, deixou de comparecer devido ao procedimento cirúrgico.Ele também não gravou vídeo para ser exibido no ato. O prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, marcou presença.
O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou: “Ele [Bolsonaro] não pode falar, mas nós vamos falar por ele. Estamos representando os dois maiores políticos do Brasil: Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro. Estamos em guerra e não vamos parar”.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou diretamente Alexandre de Moraes: “Quem tem que usar tornozeleira eletrônica é o Alexandre de Moraes”. Ele também anunciou que apresentará nesta semana o 30º pedido de impeachment contra o ministro e convocou uma nova manifestação para o próximo 7 de setembro, novamente na Paulista.
Também participaram dos discursos o pastor Silas Malafaia, que chamou Moraes de “criminoso”.
Encerrando o evento, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, elogiou a adesão popular e agradeceu a presença de autoridades como o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, mas evitou citar o nome de Moraes.
