Brasil, 31 de julho de 2025
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Após assinatura do tarifaço, Haddad diz que governo vai apoiar indústria e empregos

"Atos já estão sendo preparados aqui na Fazenda para encaminhamento à Casa Civil. Penso que nos próximos dias teremos anúncios nessa direção"

Publicado em atualizado às 10:03

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse, nesta quinta-feira (31), que o governo federal vai lançar um plano para apoiar o setor da indústria e os empregos no Brasil. A fala surge um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros, que passa a valer a partir de 6 de agosto e tem quase 700 exceções.

Haddad também afirmou que as conversas e negociações com a Casa Branca vão continuar. “Parte do nosso plano previsto vai ser apreciado para ser lançado, nos próximos dias, de proteção à indústria brasileira, aos empregos e ao agro quando for o caso”, disse a jornalistas na entrada do Ministério da Fazenda.

E continuou: “Vamos fazer a calibragem para que isso possa acontecer o mais rápido possível. Os atos já estão sendo preparados aqui na Fazenda para encaminhamento à Casa Civil. Penso que nos próximos dias teremos anúncios nessa direção.”

Ao citar que o comércio do Brasil com os Estados Unidos caiu de 25% para 12% nos últimos anos, Haddad argumentou que a sobretaxa de Trump pode afastar as vendas entre países. “Ao invés de crescer, nós diminuímos. Temos que buscar mais integração, não menos. Essa atitude vai nos afastar ao invés de nos aproximar. E nós queremos aproximação”, pontuou e reforçou que o Brasil tem uma economia grande e “não pode ser apêndice de nenhuma outra”. Ele citou a China, União Europeia e também os Estados Unidos. “Temos que ter um equilíbrio.”

Haddad deve se encontrar, em breve, com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent. Já houve um encontro entre os dois em maio, na Califórnia. À época, Trump impôs uma tarifa de 10% ao Brasil.