O filho do ex-presidente Bolsonaro disse que as sanções dos EUA a Moraes são o início de uma resposta internacional a supostos "abusos de autoridade cometidos no Brasil'
Após o governo Trump impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na chamada Lei Magnitsky, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a iniciativa representa um “marco histórico” e o início de uma resposta internacional a supostos abusos de autoridade cometidos no Brasil.
A declaração, segundo o jornal O Globo, foi feita por meio de publicação nas redes sociais, onde o parlamentar afirmou que “o mundo está olhando para o Brasil. Hoje, os EUA anunciaram sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, usada contra violadores de direitos humanos. É um marco histórico e um alerta: abusos de autoridade agora têm consequências globais”.
A manifestação ocorre em meio à crescente mobilização entre aliados de Jair Bolsonaro pela aprovação de uma anistia ampla para os condenados e investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, além de pressões por uma reação institucional contra decisões do STF. O ex-mandatário brasileiro está inelegível até 2030 e responde a uma ação penal no STF pela partcipação em uma suposta trama de golpe de Estado.
Eduardo endossou essa pauta e cobrou um posicionamento do Legislativo brasileiro. “Chegou a hora do Congresso agir. A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, escreveu.
O deputado, que tem atuado como principal articulador da ofensiva internacional contra Moraes e outros ministros do Supremo, intensificou nos últimos meses os contatos com parlamentares republicanos dos Estados Unidos. Ele chegou a solicitar pessoalmente ao secretário de Estado Marco Rubio e ao presidente Donald Trump a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras, além de ter atuado junto ao governo estadunidense para impor sanções comerciais eo Brasil.
As sanções anunciadas nesta quarta-feira incluem Alexandre de Moraes na lista de estrangeiros proibidos de realizar transações com cidadãos ou instituições dos EUA. Além disso, qualquer bem eventualmente sob jurisdição americana será congelado.
