Brasil247 – Durante debate promovido pelo grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta sexta-feira (18), os pré-candidatos à Presidência da República Sergio Moro (Podemos), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Avila (Novo) afirmaram que podem se unir em torno da construção de uma “terceira via” nas eleições de 2022.
Com uma plateia de empresários, os pré-candidatos não apontaram quando essa aliança pode ser formalizada. A senadora Simone Tebet disse não ser possível saber qual do três “vai tocar o coração das pessoas”, mas foi enfática ao afirmar que “o centro, lá na frente, vai ter que caminhar junto”.
“Eu me proponho a isso e sei que os demais também se propõem. Essa preocupação de vocês é nossa preocupação. Temos que ir muito devagar porque, se fizermos a escolha errada, estaremos diante dos dois populistas. Ninguém aqui quer sair do jogo sem antes ter certeza de que está fazendo a melhor opção para o país”, disse.
Na mesma toada, o ex-juiz considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Sergio Moro disse que o Brasil “não está destinado a cometer suicídio” e, para ele, não cogita a hipótese de o segundo turno ser formado pelo que chama de “opções extremas”.
“Eu concordo que precisamos, sim, ter uma aglutinação dessa terceira via. Isso, na minha opinião, quanto mais cedo, melhor. Porque esses adversários, além de tudo, jogam com a mentira e com a destruição dos seus oponentes”, disse Moro, que sem força para prosseguir com a sua campanha diante dos baixos índices na pesquisa, tentou fazer uma “aglutinação” com o União Brasil, fusão do DEM com PSL, mas foi preterido por lideranças da legenda.
O pré-candidato pelo Partido Novo, Felipe d’Ávila afirmou que os três entraram na disputa pelo Planalto a fim de “derrotar o populismo” e que “se esse é o espírito que nos move, como caminhar juntos daqui para frente? Quem vai escolher o candidato do centro é o povo, não vai ser em um jantar, em um almoço como esse que a gente vai tirar aqui uma fichinha e dizer que é o Moro, que sou eu ou que vai ser a Simone. Nós precisamos testar quem tem aderência no discurso popular”.