Brasil, 26 de julho de 2025
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Nikolas Ferreira e aliados viram réus por fake news e calúnia contra ex-prefeito Fuad Noman

Nikolas Ferreira e três aliados viraram réus por divulgar fake news contra o ex-prefeito Fuad Noman durante a eleição de 2024. O MP pede suspensão dos direitos políticos e indenização por danos morais.

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A Justiça Eleitoral de Minas Gerais tornou réus o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e mais três aliados por divulgação de notícias falsas e denunciação caluniosa contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, durante a campanha eleitoral de 2024. A denúncia, feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, foi aceita pelo juiz Marcos Antônio da Silva.

Além de Nikolas, também respondem à ação o deputado estadual Bruno Engler (PL), que foi candidato a prefeito na disputa, sua vice na chapa Cláudia Romualdo, e a deputada estadual Delegada Sheila (PL). O Ministério Público pede a suspensão dos direitos políticos dos quatro, o que pode torná-los inelegíveis, além do pagamento de indenização por danos morais.

As acusações se baseiam na disseminação de trechos descontextualizados do livro Cobiça, escrito por Fuad Noman, e em falsas imputações envolvendo a organização de um evento cultural infantil. Em vídeos e publicações nas redes sociais, os réus associaram a obra — uma ficção — a suposta apologia à pedofilia, e acusaram o então prefeito de permitir a exposição de crianças a pornografia e satanismo em uma feira de quadrinhos.

Nikolas chegou a afirmar que o livro era “pornográfico” e sugeriu que a ficção retratada no livro havia se tornado realidade. Segundo o Ministério Público, as declarações foram levianas e intencionalmente enganosas. A peça publicitária da campanha de Engler também fez referência direta ao livro, o classificando como “perturbador”.

Fuad Noman venceu a eleição, mas faleceu em março de 2025, vítima de câncer. Os quatro réus têm agora 10 dias para apresentar defesa, juntando documentos, provas e arrolando testemunhas. Nikolas comentou com ironia sobre a decisão judicial: “Devia ter feito rachadinha ou roubado o INSS. Vacilei, fui dar minha opinião”.