
General diz ao STF que plano para matar Lula e Moraes era ‘pensamento digitalizado’
Mario Moraes confirmou autoria, mas disse que se arrepende e não compartilhou com ninguém
Mario Moraes confirmou autoria, mas disse que se arrepende e não compartilhou com ninguém
Réu do núcleo 2 da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o general da reserva do Exército e “kid preto”, Mario Fernandes, admitiu ter pensado no plano “Punhal Verde e Amarelo”, em interrogatório na quinta-feira (24). O esquema previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ministro do STF Alexandre de Moraes e de outras autoridades.
Segundo Mario, que foi secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, o documento era apenas um “pensamento digitalizado”. A Polícia Federal (PF) apreendeu o material com o general, que está preso desde 2024. “Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um pensamento, uma análise de riscos. Esse pensamento digitalizado não foi compartilhado com ninguém”, afirmou.
E ainda: “Eu garanto, neste momento, que se o meu HD fosse extraído, em nada acrescentaria ao processo. Esse arquivo é absolutamente descontextualizado.” Ele ainda afirmou que se arrepende de ter digitalizado o plano e garantiu que não compartilhou com ninguém, sendo o documento para consumo próprio.
Os réus do núcleo 2 são acusados de usar a máquina pública, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das Eleições 2022, para auxiliar o ex-presidente Jair Bolsonaro e prejudicar Lula.
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