Brasil, 25 de julho de 2025
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Política

Pesquisa Ipespe: aprovacão do governo Lula sobe três pontos impulsionada pelo tarifaço de Trump

O tarifaço de Trump é a causa da recuperação do governo Lula, que era de 40% e agora subiu para 43%

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 43% de aprovação, um aumento de três pontos em relação ao índice de maio. Os resultados são da pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira, 24.

O levantamento anterior – feito há dois meses e antes do anúncio de tarifas contra o Brasil feito por Donald Trump – apontava uma aprovação de 40% à gestão atual. A desaprovação, por sua vez, também mostrou melhora e recuou mais dois pontos: de 53% para 51%.

O Ipespe entrevistou 2500 pessoas entre 19 e 22 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo, enquanto o intervalo de segurança é superior a 95%.

Confronto com Trump melhorou popularidade

No dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu os brasileiros com uma carta em que anunciou taxas de 50% a produtos nacionais. Na declaração, o americano chega a citar Jair Bolsonaro (PL) e acusa uma caça às bruxas no Judiciário do Brasil, onde o ex-presidente é acusado de uma suposta tentativa de golpe de Estado.

O movimento foi comemorado por políticos como o deputado licenciado e filho do ex-líder, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março a fim de articular retaliações contra autoridade brasileiras, alegando que o pai sofre perseguição política.

Por outro lado, a postura da gestão Lula frente à crise agradou boa parte dos brasileiros. O petista se mostrou firme e logo declarou que utilizaria da Lei de Reciprocidade para responder às tarifas, clamando pela soberania nacional. A bandeira foi usada como retórica de discursos e declarações federais.

Mesmo aliados bolsonaristas como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) demonstraram insatisfação com o tarifaço americano e seguiram abordagens diferentes da adotada por Eduardo Bolsonaro – que chegou a alegar que não se arrependia da campanha a favor das retaliações, mesmo que isso tenha ajudado na popularidade de Lula e melhorado as perspectivas de reeleição para 2026.