Advogada denuncia intimidação; Carlos teria utilizado atual namorada, viúva do ex-miliciano Adriano da Nóbrega, para amendrontá-la
O Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Goiânia determinou medidas protetivas de urgência contra Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinho Cachoeira, e a favor da ex-esposa dele, a advogada Andressa Mendonça. A decisão é da última quinta-feira (17) e ocorreu após ela registrar boletim de ocorrência por ameaças.
Carlinhos e Andressa foram casados por mais de dez anos casados, são pais de uma criança de 9 anos, mas se separaram em 2022. Neste momento também corre na Justiça uma disputa por bens e por dívidas de pensão alimentícia. A advogada afirma que as ameaças começaram após a separação.
Mas sobre a decisão por medidas protetivas, a advogada anexou ameaças por texto e áudio na ação. Inclusive, ela afirma que o ex estaria utilizando a namorada atual, Júlia Lotufo, que é viúva do ex-miliciano Adriano da Nóbrega, para intimidá-la. Além disso, Andressa alega que Cachoeira a impediu de acessar seu local de trabalho, em Goiânia, no dia 11 de julho, pois Júlia estaria lá.
Em 14 de julho, inclusive, a ex de Carlinhos diz ter recebido um vídeo da própria funcionária informando que Júlia estava no escritório dela quebrando as coisas do local.
A atual namorada de Cachoeira ficou conhecida nacionalmente por ser viúva de Adriano da Nóbrega e foi acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por operar a contabilidade financeira da quadrilha liderada pelo miliciano, morto em fevereiro de 2020 em troca de tiros com policiais no interior da Bahia. No boletim, Andressa disse ter medo da mulher, por ela possuir “ficha criminal extensa, e violenta”.
Restrições
Conforme a cautelar, Carlinhos Cachoeira deve manter distância de pelo menos 300 metros de Andressa e também não pode manter contato com ela por qualquer meio de comunicação (telefone, WhatsApp ou qualquer rede social). A decisão ainda determina o afastamento da casa da advogada da ex-companheira. A advogada também pediu medida protetiva contra Júlia, mas não foi atendida.
Sobre Carlos Augusto de Almeida Ramos, ele foi preso em 2012 durante operação da Polícia Federal (PF) que desmantelou o cartel de jogos de azar e esquema de máquinas caça-níquel liderado por ele em Goiás e Distrito Federal. Ele foi solto anos depois.
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