Líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu uma medida cautelar preventiva para impedir que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assuma cargo comissionado fantasma para continuar nos Estados Unidos e não perder o mandato. A ação foi protocolada na terça-feira (22).
Governadores analisam abrigar Eduardo para evitar a cassação do mandato de deputado federal, entre eles o gestor do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). O chefe do Executivo poderia nomear o filho de Jair Bolsonaro, que articulou sanções contra o Brasil que resultou no tarifaço de 50% aos produtos brasileiros, para uma secretaria especial de seu governo nos EUA.
Mas ainda sobre a ação, Lindbergh argumenta que a possível nomeação visa sustentação financeira de forma ilegal a Eduardo, que está com o salário e as chaves PIX bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, desde o último sábado (19).
“Eduardo Bolsonaro segue nos Estados Unidos atuando contra o Brasil, em conjunto com Paulo Figueiredo, promovendo encontros políticos e midiáticos com lideranças estrangeiras e defendendo sanções econômicas contra o País, fato que já culminou no chamado ‘tarifaço'”, afirma o petista. Eduardo é investigado no STF por coação no curso do processo, obstrução de Justiça, atentado à soberania nacional e crimes contra o Estado Democrático de Direito.