
AGU quer apuração de movimentações financeiras antes do tarifaço
A AGU pediu ao STF a abertura de investigação sobre possível uso de informações privilegiadas para lucro com o tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil.
A AGU pediu ao STF a abertura de investigação sobre possível uso de informações privilegiadas para lucro com o tarifaço anunciado por Donald Trump contra o Brasil.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a abertura de investigação sobre o suposto uso de informações privilegiadas visando o lucro a partir do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil.
Segundo a AGU, o objetivo da ação é investigar se pessoas ou empresas teriam se beneficiado com informações privilegiadas ao comprar e vender dólares antes e depois de Trump anunciar a taxação de 50% das exportações brasileiras para os Estados Unidos. São citados episódios como os de um investidor que teria obtido lucros exorbitantes em operações atípicas. O uso de informações privilegiadas para obter lucro é pratica ilícita, e configura crime de insider trading.
“À luz dos fatos noticiados, podemos inferir que eles se inserem em contexto no qual os fatos já em apuração neste inquérito estão além dos ilícitos penais já indicados pela Procuradoria-Geral da República, relacionados à obstrução da Justiça, mas também com possíveis ganhos financeiros ilícitos, mediante os mesmos fatos que buscaram impor embaraço à aplicação da lei penal”, sustenta a AGU.
O pedido foi protocolado na noite deste sábado (19) no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é investigado pela sua atuação junto ao governo norte-americano para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.
*Com informações da Agência Brasil