Brasil, 17 de julho de 2025
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Política

Funcionária fantasma de Hugo Motta recebeu mais de R$ 800 mil da Câmara

Lotada como secretária parlamentar no gabinete do deputado desde 1º de junho de 2017, Gabriela Batista Pagidis teve salários que variaram de R$ 1.550,66 a R$ 16.714,06 no período

Publicado em atualizado às 07:44

Levantamento do Metrópoles revela que a Câmara dos Deputados pagou R$ 807,5 mil à fisioterapeuta Gabriela Batista Pagidis, uma funcionária fantasma do gabinete de Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Casa. Lotada como secretária parlamentar no gabinete do deputado desde 1º de junho de 2017, ela teve salários que variaram de R$ 1.550,66 a R$ 16.714,06 no período.

Na prática, ela trabalha em uma clínica na Asa Norte, em Brasília, às segundas e quartas. Às terças e quintas à tarde, ela atua em outro estabelecimento, no Núcleo Bandeirante, também na capital federal. Após solicitar os registros de acessos de Gabriela Pagidis à Câmara, assim como eventuais crachás e vagas na garagem, via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Segundo a Casa, contudo, servidores com crachá não são registrados na portaria; e o acesso à garagem exige apenas credenciamento. Além disso, afirmou que o controle de frequência é responsabilidade do gabinete.

Ainda conforme veículo de comunicação, Gabriela, que estudou fisioterapia na Universidade de Brasília (UnB), campus Ceilândia, de 2014 a 2019, também ocupou a mesma função no gabinete do ex-deputado federal Wilson Filho, hoje secretário de Educação da Paraíba e aliado do presidente da Câmara, nomeada em 5 de fevereiro de 2014. Vale citar que o curso feito no mesmo período é integral.

Ao somar o período que esteve com Wilson, o valor da funcionária fantasma chega a R$ 890,5 mil. Além dela, conforme reportagem da Folha de S.Paulo, Hugo Motta emprega outras duas funcionárias fantasmas. A estudante de medicina, em João Pessoa, Louise Lacerda, filha do ex-vereador Marcílio Lacerda (Republicanos-PB) – o curso também é integral -; e Monique Magno, assistente social na prefeitura de João Pessoa (PB).

Em nota, a assessoria do deputado disse que “o presidente Hugo Motta preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.

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