Brasil, 12 de julho de 2025
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Michelle divulga carta pública e pede para Lula ‘baixar armas’ para amenizar conflito com EUA

Segundo Michelle, Brasil estaria sendo visto como uma “ditadura disfarçada de democracia”, o que estaria levando o país a caminhar para um cenário semelhante ao de Cuba e Venezuela

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou neste sábado, 12, uma carta pública pedindo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para amenizar as polêmicas contra os EUA, que se intensificaram após o chefe do executivo americano taxar as exportações brasileiras em 50%.

No texto, Michelle fala em deixar “desejo de vingança de lado” e tentativa de evitar sanções dos EUA ao Brasil. Para ela, o Brasil estaria sendo visto como uma “ditadura disfarçada de democracia”, o que estaria levando o país a caminhar para um cenário semelhante ao de Cuba e Venezuela, já que as duas nações sofrem sanções americanas justamente por não serem reconhecidas como democráticas.

“É hora de baixar as armas da provocação, cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz. O Brasil não precisa de discursos cheios de raiva. O nosso povo precisa de cuidado e de um governo responsável. Abandone as perseguições e comece a trabalhar pela unidade e pela verdadeira liberdade do nosso povo. Dá tempo!”, declarou ela, que concluiu o documento com uma citação religiosa.

A manifestação da ex-primeira dama ocorre em meio a uma crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O presidente americano prometeu sobretaxar produtos brasileiros após a última reunião de cúpula anual do Brics, ocorrida no início da semana.

Trump defende a imposição de tarifas ao Brasil, argumentando que a relação comercial entre os países é desigual e não recíproca, devido a políticas tarifárias e não tarifárias brasileiras, além de alegados déficits comerciais dos EUA.

Ele também critica o Brasil por decisões do STF que removeram conteúdos de redes sociais americanas e menciona o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por envolvimento em tentativa de golpe em 2022, acusando o país de atacar eleições livres e a liberdade de expressão dos americanos.

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