
Prefeitura e Estado farão vistoria técnica no aterro de Goiânia
Medida visa atestar a segurança da operação realizada atualmente
Medida visa atestar a segurança da operação realizada atualmente
Fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e equipes da prefeitura de Goiânia farão uma vistoria conjunta no aterro sanitário da capital. A medida acolhe proposta do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) e visa atestar a segurança da operação realizada atualmente. A data não foi informada.
Na segunda-feira (7), Mabel se reuniu com a secretária da Semad, Andréa Vulcanis, e propôs a vistoria, a fim de sanar as divergências. Na semana passada, a titular da pasta afirmou que existia risco no lixão de Goiânia. Disse, ainda, que “a pilha está lá, mas não se conhece sua situação de estabilidade. Não temos acesso a nenhum laudo, nenhum documento do município até o presente momento, que aponte que o aterro opera em condições de segurança”.
Ela também citou que o prefeito questionou pontos do relatório e fez críticas. “Me parece que o prefeito está fazendo uma cortina de fumaça, levantando uma série de acusações, inclusive criminosas, contra a secretaria, o que é inadmissível, para continuar operando nessas condições irregulares.”
Mabel chegou a dizer que havia uma “máfia do lixo” e a “denunciar” a existência de uma articulação para inviabilizar o aterro sanitário da capital com o objetivo de direcionar o descarte de resíduos para outro local, com custos muito mais altos.
Posição recente da prefeitura
A prefeitura afirma que, em junho deste ano, o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), referência nacional em estudos e projetos relacionados à infraestrutura, planejamento e gestão urbana, realizou estudo técnico que atestou a viabilidade operacional do aterro sanitário de Goiânia. Segundo o relatório, a manutenção das operações, acompanhada de melhorias, é a melhor opção para o tratamento de resíduos.
A última análise da Semad no local, conforme o município, foi realizada no início do ano. Desde então, a atual gestão municipal implementou melhorias, e projeta a modernização completa do local. “Ao invés de gastarmos com aterro privado, vamos investir na melhoria da nossa operação. É uma vantagem para o meio ambiente, para a economia, para a nossa cidade”, ressaltou o prefeito.
Sandro Mabel reforçou que o local tem uso estritamente municipal, sem impacto regional, conforme determina a legislação vigente. E recordou da própria Lei nº 23.407, de 13 de maio de 2025, que dispõe sobre a obrigatoriedade do tratamento de lixiviado (chorume) de aterros sanitários (urbanos e industriais) no âmbito do Estado de Goiás.