Brasil, 04 de julho de 2025
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Em Lisboa, Caiado critica governo Lula e defende jogo duro contra facções e tráfico de drogas

Caiado afirmou que existe um processo de “complacência” do governo em relação às drogas, que provoca uma explosão na produção e no consumo.

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu política de tolerância zero contra as facções criminosas como instrumento para desestimular o tráfico de drogas no Brasil. O argumento foi apresentado durante o XIII Fórum de Lisboa, na capital portuguesa, no painel “Política de Drogas: Entre Segurança e Saúde Pública”.

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Durante o XIII Fórum de Lisboa, Caiado defende medidas rígidas contra o tráfico de drogas e a influência das facções no Brasil e no exterior

Com sua experiência como médico e gestor público, Caiado afirmou que existe um processo de “complacência” em relação às drogas, que provoca uma explosão na produção e no consumo. “Sou 100% contra a descriminalização das drogas. Não podemos permitir que o tráfico continue dominando territórios e formando novas gerações dentro de uma lógica criminosa”, afirmou.

Caiado chamou a atenção para o cenário vivido em estados como o Rio de Janeiro e regiões da Amazônia, além da crescente presença de facções brasileiras em países da América Latina e da Europa. “Quando o crime toma conta de uma comunidade, o Estado Democrático de Direito deixa de existir. É substituído por uma espécie de Estado paralelo”, alertou.

O governador explicou que, em Goiás, o enfrentamento a esse problema é feito de forma integrada, com ações de segurança pública e investimentos em educação de qualidade e políticas sociais que oferecem alternativas e esperança aos jovens, evitando que sejam cooptados pelo narcotráfico. “É a desesperança que leva os jovens a caírem no mundo das drogas”, pontuou.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, endossou a visão do governador de Goiás e disse que um dos grandes problemas do combate às drogas está na sua expansão territorial. “Existem regiões inteiras dominadas por traficantes, que muitas vezes eram usuários de drogas, cooptados desde cedo para crescer a serviço desse ecossistema criminoso”.

Caiado destacou ainda que, como resultado das ações do governo goiano, houve redução de 1.073 para 178 no número de jovens internados em centros socioeducativos nos últimos seis anos — uma queda de 83%. “Esses jovens estavam sob influência direta do narcotráfico. Mas, quando o Estado assume seu papel, o ciclo da violência é quebrado”, afirmou.