
‘Rei do Gado’ quer ‘consertar’ pecuária da Amazônia tornando animais rastreáveis
“O que a gente espera é que, no final de tudo isso aí, o mercado internacional dê ao Brasil um preço melhor”

“O que a gente espera é que, no final de tudo isso aí, o mercado internacional dê ao Brasil um preço melhor”
Conhecido como “Rei do Gado”, Roque Quagliato, 85 anos, quer melhorar a reputação da pecuária no bioma da Amazônia (onde fez fortuna), destaque no desmatamento no mundo. Segundo a Forbes, o gado dele foi o primeiro a ser identificado com chips nas orelhas.
A medida faz parte de um programa do governo do Pará e visa tornar milhões de animais rastreáveis até o começo do próximo ano. O intuito é evitar que bovinos venham de áreas ilegalmente desmatadas da Amazônia. “O que a gente espera é que, no final de tudo isso aí, o mercado internacional dê ao Brasil um preço melhor”, disse em uma entrevista durante um recente leilão de gado em Xinguara, uma das capitais do boi do Pará. Para ele, os desmatadores são “caso de cadeia”.
Analista sênior da S&P Global, Renan Araújo afirma que “o Brasil tem trabalhado firme para abrir mercados de alta demanda, como Japão e Coreia do Sul, e o aperfeiçoamento do sistema de rastreabilidade animal é um dos passos mais importantes para conseguir entrar nestes países”.
Atualmente, o Pará tem um rebanho de 26 milhões de cabeças. A ideia, conforme lei aprovada em 2023, é identificar todos os animais até 2027. Até maio, apenas 12 mil foram. Parte deles de Quagliato.
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