Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis reforça que existe risco no lixão de Goiânia. Em entrevista ao O Popular, nesta semana, ela disse que “a pilha está lá, mas não se conhece sua situação de estabilidade. Não temos acesso a nenhum laudo, nenhum documento do município até o presente momento, que aponte que o aterro opera em condições de segurança”.
Durante sua fala, Vulcanis cita que o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) questionou pontos do relatório. “Me parece que o prefeito está fazendo uma cortina de fumaça, levantando uma série de acusações, inclusive criminosas, contra a secretaria, o que é inadmissível, para continuar operando nessas condições irregulares”.
Segundo a titular da pasta, o lixo de Goiânia precisa ser depositado em local “ambientalmente adequado”. Primeiro, por lei federal que atribuiu o prazo para encerramento de lixão até 2024; segundo, por condições técnicas. “Se o aterro tivesse condições operacionais, a secretaria poderia licenciá-lo e ele continuar operando, mas até o dia de hoje Goiânia não submeteu nenhum pedido de licenciamento. Então, não temos condições de avaliar e licenciar esse aterro.”
Ela enfatizou, ainda, que o lixão não seria licenciável, pela proximidade com residências e com córrego. A partir de agora, a Semad aplicará multa diária ao município para providenciar solução adequada, além de chamar para o diálogo para tratar de um modelo de transição. “Se acontecer um acidente lá, o Estado, se não tomar providência, acaba sendo corresponsável, o que é tudo que a gente não quer.”
Confira o vídeo gravado pelo prefeito Mabel no local:
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