Motoristas do transporte coletivo de Goiânia adiam greve

Os motoristas do transporte coletivo da Grande Goiânia decidiram adiar uma greve que começaria nesta sexta-feira (27). A decisão ocorre após audiência de mediação na quinta-feira (26), no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-GO).

Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sindcoletivo) disse que o adiamento ocorre até nova audiência na segunda-feira (30), às 14h, também no TRT, para a continuidade das negociações da data-base. O comunicado pede a presença dos trabalhadores da Rápido Araguaia, RedeMob, Metrobus, Soluções HP, Cootego e Viação Reunidas. “A luta por salários não pode ser unicamente do Sindcoletivo. Contamos com a participação e presença de toda a categoria.”

A paralisação tinha sido aprovada em assembleia no último domingo (22), após a rejeição da proposta das empresas. Decisão tomada pelos trabalhadores no Terminal Padre Pelágio, com grande participação da categoria.

O Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET) propôs 4,86% de reposição inflacionária mais 0,5% de ganho real, mas esta foi rejeitada por ampla maioria. Para o presidente do Sindcoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a proposta ficou aquém do que era esperado. Ele mencionou que, durante a pandemia, os trabalhadores mantiveram o serviço ativo sem receber reajuste em 2020.

Além do percentual, o sindicato apresentou outras demandas, como a retomada do transporte dos funcionários até as garagens e a recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017. “A assembleia contou com presença expressiva dos trabalhadores. Rejeitamos a propostazinha da empresa, só com a inflação, 4,86% mais 0,5%, dando 5,36%. Já estamos em estado de greve. A paralisação está marcada para começar à meia-noite de sexta-feira. As empresas pediram mediação no TRT, mas não compareceram à audiência anterior. Se a próxima também for infrutífera, a greve será mantida”, afirmou o presidente do Sindcoletivo, à época.