Em assembleia realizada no domingo (22/), motoristas do transporte coletivo da Grande Goiânia decidiram iniciar uma greve a partir da próxima sexta-feira (27). A paralisação foi aprovada após a rejeição da proposta das empresas, e deverá impactar milhares de usuários do transporte público na capital e na região metropolitana.
A decisão dos trabalhadores foi tomada no Terminal Padre Pelágio, com grande participação da categoria. A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET), de 4,86% de reposição inflacionária mais 0,5% de ganho real, foi rejeitada por ampla maioria. A greve está confirmada e com início previsto para a madrugada de quinta para sexta-feira, caso não haja um novo acordo.
Para o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a proposta ficou aquém do que era esperado. Ele mencionou que, durante a pandemia, os trabalhadores mantiveram o serviço ativo sem receber reajuste em 2020.
Além do percentual, o sindicato apresentou outras demandas, como a retomada do transporte dos funcionários até as garagens e a recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017.
“A assembleia contou com presença expressiva dos trabalhadores. Rejeitamos a propostazinha da empresa, só com a inflação, 4,86% mais 0,5%, dando 5,36%. Já estamos em estado de greve. A paralisação está marcada para começar à meia-noite de sexta-feira. As empresas pediram mediação no TRT, mas não compareceram à audiência anterior. Se a próxima também for infrutífera, a greve será mantida”, afirmou o presidente do Sindicoletivo.
A ausência dos representantes patronais na audiência de mediação do dia 17 de junho, no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, foi um dos estopins para a mobilização, segundo informou a categoria.