
EUA promove ataques à instalações nucleares no Irã
O presidente Donald Trump, que está em seu segundo mandato, confirmou a ofensiva no Irã por meio da rede social Truth Social
O presidente Donald Trump, que está em seu segundo mandato, confirmou a ofensiva no Irã por meio da rede social Truth Social
A agência russa TASS compilou neste sábado (22) as principais informações sobre o ataque lançado pelos Estados Unidos contra o Irã, marcando uma virada no conflito iniciado por Israel no último dia 13. O presidente Donald Trump, que está em seu segundo mandato, confirmou a ofensiva por meio da rede social Truth Social, declarando que esta é a hora da paz.
A ação teve como alvo três importantes instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. De acordo com a agência Reuters, o ataque foi conduzido por bombardeiros B-2, equipados com bombas de penetração GBU-57, capazes de atingir estruturas subterrâneas. Trata-se do primeiro bombardeio norte-americano em solo iraniano desde 1979.
Segundo analistas ouvidos pela NBC News, a ofensiva dificilmente provocará explosões nucleares ou a liberação de material radioativo em grande escala. Observadores internacionais reforçam que os alvos não continham ogivas nucleares nem reatores em operação. Fontes oficiais iranianas afirmaram que a instalação de Fordow foi evacuada previamente e não sofreu danos irreversíveis.
Após a ação militar, Donald Trump afirmou: “É tempo de paz”, chamando o momento de “histórico para os Estados Unidos da América, Israel e o mundo”. Ele também exortou o Irã a aceitar o fim da guerra e indicou que não há planos imediatos para novos ataques. De acordo com a CNN, a Casa Branca aguarda uma resposta de Teerã sobre a abertura de negociações.
Trump já havia sinalizado a possibilidade de uma ação militar contra o Irã, especialmente contra a instalação de Fordow. A decisão pela operação foi tomada após mais de uma semana de escalada militar na região.
Antes do bombardeio, o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, assegurou a aliados europeus — entre eles Reino Unido, França, Suécia, Itália e Chipre — que Washington ainda buscava uma saída diplomática para o conflito, segundo o Wall Street Journal. Paralelamente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, tentou costurar uma trégua em encontros com representantes europeus em Genebra, mas sem avanços.
Nas últimas 24 horas, Israel não registrou nenhum alerta de foguetes — fato inédito desde o início do conflito. Em resposta ao ataque dos EUA, o governo israelense ampliou as restrições civis, proibindo reuniões públicas e suspendendo serviços considerados não essenciais.
Desde 13 de junho, Israel conduz uma ofensiva com o objetivo declarado de desmantelar os programas nucleares e de mísseis do Irã. Teerã respondeu com mísseis balísticos e ataques com drones. A Rússia condenou a atuação israelense e se ofereceu para mediar o conflito. No dia 19, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, alertou os EUA de que qualquer envolvimento direto poderia acarretar “consequências negativas verdadeiramente imprevisíveis”.