Presidente do grupo EBX, o empresário Eike Batista participa, nesta terça-feira (17), do AgroVem, em Goiânia. O evento acontece a partir das 11h30, no auditório principal da sede, na GO-020 (a apenas 5 minutos do Shopping Flamboyant).
Na ocasião, o empresário, que já foi o sétimo homem mais rico do mundo, revela os projetos que já fez e também os que estão por vir. “Estou trazendo tecnologia, inovação que vai fazer uma revolução, ajudar a fazer uma revolução na produtividade de tudo que se produz no agro.”
Ao Brasil24Horas, Eike anunciou que vai apresentar “supercana” aos produtores goianos. “Essa cana foi desenvolvida nos últimos 20 anos, então ela tem 20 anos de pesquisa e hoje estamos prontos para literalmente trocar a cana plantada no Brasil por 17 superespécies. Supercanas que desenvolvemos, que vai ser plantada desde o Nordeste até o Paraná, porque no Brasil a cana não nasce em todo lugar, né?”
Ainda segundo ele, a passagem por Goiânia é uma “provocação” aos empreendedores e empresários brasileiros do agro, da mineração, “a pensarem fora da caixa. Pensar grande e sempre buscar eficiência”. Segundo Eike, “jacaré que não presta atenção, vira bolsa Louis Vuitton. Então, isso vale para um empresário que não está atento com as inovações que estão vindo aí, nas áreas de tecnologia. Está acontecendo muita coisa e eu vou apresentar algumas dessas inovações aqui.”
Sobre a supercana, após quase uma década longe dos holofotes, o empresário retornou de vez, no fim de fevereiro deste ano, dizendo estar “de volta”. “I’m back”, escreveu no X. À época, ele compartilhou uma notícia da plataforma de informações financeiras Bloomberg. Nela, ele alegava ter garantido investimento de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,95 bilhões) para seu mais recente empreendimento.
Trata-se da exploração de uma nova variedade de cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de combustível de aviação e embalagens sustentáveis. Ou seja, a supercana.
Perda da fortuna, prisão e retorno
Eike perdeu sua fortuna e império duas vezes. Em 2017, ele ficou preso por três meses em Bangu 9, acusado de pagar propina ao ex-governador Sérgio Cabral. Fez delação premiada, pagou multa de R$ 800 milhões e teve os bens bloqueados. Cerca de R$ 30 bilhões viraram pó. Ao UOL, no ano passado, ele disse que queria voltar aos negócios. No período, se tornou campeão de corrida de lanchas e fez R$ 1 milhão em dois meses com a venda do curso Eiki Xperience.