
Deputados estaduais do PP em Goiás estão na mira do TSE
Partido, que ocupa três cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás, é acusado de cometer fraude à cota de gênero na eleição de 2022
Partido, que ocupa três cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás, é acusado de cometer fraude à cota de gênero na eleição de 2022
O colegiado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve analisar nos próximos dias uma manifestação da Procuradoria-Geral Eleitoral do Ministério Público Eleitoral (MPE) pela cassação da chapa de deputados estaduais do PP de Goiás. O partido, que ocupa três cadeiras na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), é acusado de cometer fraude à cota de gênero na eleição de 2022.
São deputados pela legenda que podem perder o mandato: Vivian Cristina Albernaz Tanus Naves, Jamil Sebba Calife e Alessandro Moreira dos Santos. Conforme a manifestação da procuradoria, três candidaturas femininas da legenda tiveram votações inexpressivas, o que pode indicar que foram fictícias. “Não foram encontradas evidências de que as candidatas realizaram campanhas eleitorais efetivas”, diz o documento assinado pelo vice-procurador Alexandre Espinosa Bravo Barbosa.
Ainda conforme o vice-procurador, uma das candidatas disse ter jogado os materiais de campanha “no lixão”. “Eu falei, ó, eu ‘não vou trabalhar com nada, não vou mandar fazer santinho, não quero despesa’. Aí o Baldy [Alexandre Baldy – Dirigente Estadual do PP] pegou e me ligou e falou assim: ‘Eu vou pôr você na minha chapa, porque nós somos amigos de longa data’. E pôs [SIC] eu na chapa. Ele é que mandou fazer santinho, ele que mandou fazer tudo”, diz trecho do depoimento transcrito.
Alexandre também apontou “valores zerados ou movimentações financeiras irrelevantes” nas prestações de contas de campanha de algumas delas. Uma das supostas postulantes, inclusive, tinha histórico de disputar por diferentes partidos com mudanças constantes do domicílio eleitoral.
O processo foi motivado por ações ajuizadas pelo Partido Liberal (PL) e pelo Democracia Cristã (DC). No Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), não houve reconhecimento de irregularidade.
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