Brasil, 17 de junho de 2025
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Internacional

Trump quer barrar entrada de cidadãos de mais 36 países nos EUA

Trump cogita proibir cidadãos de mais 36 países, de acordo com um memorando interno do Departamento de Estado obtido pela agência Reuters

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está considerando expandir significativamente as restrições de entrada no país ao cogitar proibir cidadãos de mais 36 países, de acordo com um memorando interno do Departamento de Estado obtido pela agência Reuters.

No início deste mês, o presidente republicano assinou uma proclamação que impede a entrada de cidadãos de 12 países, sob o argumento de que a medida seria necessária para proteger os Estados Unidos contra “terroristas estrangeiros” e outras ameaças à segurança nacional.

Essa diretriz faz parte da ofensiva migratória lançada por Trump no início de seu segundo mandato, que já incluiu a deportação de centenas de venezuelanos suspeitos de envolvimento com gangues para El Salvador, o veto à matrícula de determinados estudantes estrangeiros em universidades americanas e a expulsão de outros.

Em um telegrama diplomático interno assinado pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o Departamento de Estado elencou uma série de preocupações relacionadas aos países em análise e solicitou medidas corretivas.

“O Departamento identificou 36 países considerados preocupantes, que poderão estar sujeitos à suspensão total ou parcial da entrada nos EUA caso não atendam aos critérios e exigências estabelecidos dentro de 60 dias”, afirma o documento distribuído no fim de semana.

O memorando foi inicialmente noticiado pelo jornal The Washington Post.

Entre os pontos levantados pelo Departamento de Estado estão a falta de um governo competente ou cooperativo capaz de emitir documentos de identidade confiáveis e a “segurança questionável” dos passaportes desses países. O texto também destaca que alguns governos não colaboram para a repatriação de seus cidadãos quando os EUA determinam sua remoção, e que há casos de permanência irregular de estrangeiros cujos vistos já expiraram.

Outros fatores de preocupação incluem o envolvimento de nacionais desses países em atos de terrorismo nos Estados Unidos, além de atividades antissemitas ou antiamericanas. O texto observa que nem todas as preocupações se aplicam igualmente a todos os países listados.

“Estamos constantemente reavaliando nossas políticas para garantir a segurança dos americanos e o cumprimento das nossas leis por parte dos estrangeiros”, afirmou um alto funcionário do Departamento de Estado, sem comentar detalhes das deliberações internas.

“O Departamento de Estado está comprometido em proteger nossa nação e seus cidadãos, mantendo os mais altos padrões de segurança nacional e segurança pública por meio do nosso processo de concessão de vistos”, completou o mesmo representante.

Caso as preocupações não sejam sanadas nos próximos 60 dias, os países que podem sofrer restrições totais ou parciais são: Angola, Antígua e Barbuda, Benim, Butão, Burkina Faso, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Djibuti, Dominica, Etiópia, Egito, Gabão, Gâmbia, Gana, Quirguistão, Libéria, Maláui, Mauritânia, Níger, Nigéria, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Tonga, Tuvalu, Uganda, Vanuatu, Zâmbia e Zimbábue.

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Essa possível ampliação representaria um salto significativo em relação à proibição em vigor desde o início do mês, que afeta cidadãos do Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.