
União Brasil e PP devem deixar governo Lula, apesar de 4 ministérios
Planalto mantém proximidade ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, apesar da situação
Planalto mantém proximidade ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, apesar da situação
O União Brasil e PP ocupam quatro ministérios, mas, ainda assim, as legendas ameaçam deixar o governo Lula (PT). Na quarta-feira (11), os presidentes das siglas, Antônio Rueda e Ciro Nogueira, deram sinais do rompimento em oposição à compensação ao recuo da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
“Ninguém ganha com um governo pesado. (…) Taxar, taxar e taxar não será a saída, é preciso cortar despesas. Nossa arrecadação supera a média do G7, se o governo não assumir sua parte e apresentar propostas de enxugar a máquina, não vamos aceitar aumento de impostos. Vamos reunir as bancadas do Senado e da Câmara para fechar questão contra qualquer aumento de imposto que não venha acompanhado de corte de despesas”, disse Rueda.
O senador Ciro Nogueira emendou: “Não é um anúncio contra o governo, mas a favor da sociedade brasileira. Não nos furtaremos de sentar com o governo, acho o ministro Haddad uma pessoa muito bem-intencionada. Falta ao governo transparência, previsibilidade e competência para gerir neste momento em que o país se encontra. O que está acontecendo hoje, vamos traçar um limite de quem é contra ou a favor de aumentar impostos.”
As legendas estão em processo de federação desde o último mês. Todavia, o União Brasil tem 60 deputados e indicou os ministros das Comunicações, Frederico Siqueira Filho, Turismo, Celso Sabino, e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Já o PP, com 49 parlamentares na Câmara, tem André Fufuca como ministro do Esporte.
Ciro defendeu a entrega dos ministérios assim que o estatuto de federação for protocolado, o que deve ocorrer no próximo mês. “Serei o primeiro a defender a saída do governo. Não há motivos para continuar ocupando cargos.”
Contenção de danos
Apesar disso, o governo Lula ainda mantém proximidade com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A expectativa é de que a relação continue, mesmo que o partido dele desembarque. O senador, inclusive, possui o ministro Waldez Góes (Integração Regional) e um indicado na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Pela “boa relação”, ele espera indicações suas para agências ligadas ao Ministério de Minas e Energia.
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