Brasil, 09 de junho de 2025
Siga Nossas Redes
Política

Presidente da Câmara, Hugo Motta diz que acordo do IOF foi ‘vitória do bom senso’

"Imposto não pode ser solução fácil para cobrir gasto público. E o Legislativo mostrou que está vigilante, atuante e comprometido com o Brasil real"

Publicado em

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que o acordo anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi “uma vitória do bom senso” e da boa política”. No domingo (8), o líder do ministério se reuniu com o deputado federal e o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), por cerca de 6 anos antes de anunciar medidas de compensação para o recuo do aumento do IOF.

“O Congresso cumpriu seu papel com firmeza e responsabilidade ao reagir ao decreto. Não se trata de confronto, mas de equilíbrio. Imposto não pode ser solução fácil para cobrir gasto público. E o Legislativo mostrou que está vigilante, atuante e comprometido com o Brasil real”, disse Motta.

Segundo o presidente, agora o Congresso irá avaliar a medida provisória (MP) do Executivo para seguir com uma agenda propositiva e estruturante. “O que está em jogo é a liberdade do país para decidir o seu rumo. Porque quem não controla suas contas, perde o direito de escolher seus sonhos.”

Entre os anúncios para o ajuste fiscal que garantirá a meta de déficit zero, está uma MP que aumenta de 12% para 18% da alíquota sobre empresas de apostas de quota fixa, as bets. Além disso, títulos isentos de imposto de renda, como a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), terão alíquota de 5% do IR. Em outro ponto, ele disse que o Congresso vai discutir a revisão das isenções fiscais, hoje estimadas em R$ 800 bilhões.

Já o IOF terá um novo decreto para recalibrar as alíquotas. “Ponderamos sobre a necessidade de repensar o projeto original. Então, isso também vai ser matéria dessa medida provisória, que vai nos permitir recalibrar o decreto do IOF”, disse o ministro. Entre as mudanças, haverá a retirada da elevação da alíquota do risco sacado.

Sobre o IOF, ele é um tributo federal pago por pessoas físicas e jurídicas que incide sobre diversas operações financeiras realizadas no Brasil. Conforme o site SPC Brasil, “ele é cobrado em transações de crédito, câmbio, seguros, investimentos, operações relativas a títulos e valores imobiliários”.