Eraí Maggi Scheffer, gigante do agronegócio (Foto: Reproduçao)
MAGNATAS DO AGRO
Depois de comprar 2 fazendas por R$ 2 bi à vista, família Maggi investe R$ 100 milhões em aeroporto particular
Grupo Bom Retiro está no topo da produção agrícola do Mato Grosso, com 1,9 milhão de toneladas de soja e milho, e 440 mil toneladas de fibra de algodão, por safra, em média. O aeroporto do grupo já consumiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões
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Eraí Maggi Scheffer, um dos produtores rurais mais poderosos do país, que junto com os irmãos Elusmar, Fernando e Marina é dono do Grupo Bom Futuro, apresentou as instalações do Aeroporto Bom Futuro, um complexo de aviação executiva localizado no perímetro urbano de Cuiabá (MT).
O Grupo Bom Retiro está no topo da produção agrícola do Mato Grosso, com 1,9 milhão de toneladas de soja e milho, e 440 mil toneladas de fibra de algodão, por safra, em média.
“Esse aeroporto é para o Mato Grosso, é para os bancos, os produtores, é para gente do mundo inteiro fazer negócio aqui”, disse Eraí. “É preciso industrializar o Mato Grosso e para isso é preciso grana. Esse é um dinheiro concentrado. Mas é a vocação do estado, não temos outra.”
O aeroporto Bom Futuro já consumiu investimentos da ordem de R$ 100 milhões desde que foi inaugurado em 2011. No novo terminal de passageiros foram cerca de R$ 25 milhões, uma super estrutura substituindo a antiga feita de contêineres como área de recepção. O novo aeroporto, o maior executivo do Centro-Oeste, é um complexo com salas de reuniões, academia, sala de cinema e até uma brinquedoteca.
O Grupo Bom Futuro possui 10 aeronaves executivas e 17 agrícolas que ficam hangariadas nas fazendas. O terminal pode hangarar até 70 aeronaves e operar de 30 a 40 pousos e decolagens por dia. As aeronaves guardadas no local são de produtores rurais (95%), mais empresários e executivos de todo o estado, um patrimônio estimado em cerca de US$ 200 milhões, segundo o diretor comercial da Bom Futuro, Roberto Bortoncello. Atualmente, o terminal já recebe um público de cerca de 20 mil pessoas por ano.
Duas fazendas adquiridas por R$ 2 bi à vista
O Grupo Bom Futuro anunciou recentemente a compra de duas grandes propriedades rurais em Mato Grosso, anteriormente arrendadas da Proterra Investment Partners.
As fazendas Itaipu e Tupi Barão somam 43 mil hectares, sendo 35 mil agricultáveis, com foco no cultivo de soja, milho e algodão. A aquisição, estimada em R$ 2 bilhões, foi realizada com pagamento à vista e consolida a expansão estratégica do conglomerado no agronegócio brasileiro.
Com a compra, o Grupo Bom Futuro fortaleceu seu modelo de produção, baseado na diversificação de culturas, rotação de plantio e eficiência logística.
A Fazenda Itaipu, por exemplo, possui um armazém com capacidade para 500 mil sacas, facilitando o escoamento e o controle da produção.
A localização estratégica das áreas adquiridas favorece a sinergia operacional entre as unidades do grupo, otimizando custos e ampliando sua presença no principal polo agrícola do país.