
Bolsonaro será ouvido pela PF nesta quinta-feira (5) sobre ações do filho Eduardo nos EUA
Depoimento do ex-presidente à PF foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, que atendeu pedido da PGR para abrir inquérito contra Eduardo Bolsonaro
Depoimento do ex-presidente à PF foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, que atendeu pedido da PGR para abrir inquérito contra Eduardo Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai prestar depoimento nesta quinta-feira (5) na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. O interrogatório está relacionado às movimentações de seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, onde ele busca influenciar o desfecho do processo sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil.
A investigação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir um inquérito contra Eduardo Bolsonaro. No mesmo despacho, Moraes determinou o depoimento do ex-presidente Bolsonaro na Polícia Federal.
Segundo a defesa de Jair Bolsonaro, ele comparecerá presencialmente à PF e será interrogado por um delegado, que pode ser o delegado Fábio Schor, responsável pelas apurações dos ataques antidemocráticos até o momento, ou outro delegado designado pela corporação.
O ministro Alexandre de Moraes não participará do depoimento, uma vez que sua função é relatar e supervisionar o inquérito, sem conduzir atos investigatórios. Apesar de Jair Bolsonaro não ser formalmente investigado neste inquérito, ele pode acabar incluído no caso, já que seria um dos principais beneficiários das ações de seu filho Eduardo no exterior.
O ex-presidente tem o direito constitucional de não responder perguntas que possam incriminá-lo e não é obrigado a falar a verdade sobre assuntos que o comprometam. No início da semana passada, Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da PGR para abrir a investigação contra Eduardo Bolsonaro por suposta interferência no julgamento da tentativa de golpe.
Eduardo, que está licenciado e residindo nos EUA, declarou publicamente que tem se reunido com autoridades estrangeiras para discutir possíveis sanções contra Moraes e outras autoridades brasileiras que se posicionam contra Jair Bolsonaro.