Brasil, 06 de junho de 2025
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Política

Caiado critica soltura de Mc Poze do Rodo, Lula e Judiciário; vídeo

"Onde está o presidente da República, o Poder Judiciário? Ministério Público?"

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O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou pelo Instagram, na noite de terça-feira (3), a soltura de Mc Poze do Rodo. Ele citou que o músico é “um bandido” que se diz membro da facção Comando Vermelho e saiu da delegacia em comemoração como se fosse um “líder, um herói”.

“A que ponto chegamos no Brasil? Aquilo tudo acontecendo, como exemplo para os nossos jovens. Onde está o presidente da República, o Poder Judiciário? Ministério Público? Será possível que somos obrigados a assistir cenas deprimentes como essa? Bandidos homenageados como heróis.”

Ele ainda afirmou ser inaceitável ver cenas como essa, enquanto só se vê preocupação com 8 de janeiro – em referência aos ataques aos três Poderes, em 2023. “Tem golpe maior do que esse? Maior agressão à soberania brasileira do que esse?”

Caiado, que é pré-candidato à presidência, afirmou que, “se continuar assim, o processo de ‘venezualização’ do País vai começar antes das eleições. Se essa coisa acontecesse em Goiás, mesmo com decisão judicial, ele não sairia da cadeia”.

Soltura

Na segunda-feira (2), Justiça do Rio de Janeiro revogou a prisão temporária do cantor Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, que teve seu habeas corpus aceito. O funkeiro é acusado de apologia ao crime, envolvimento com o tráfico de drogas e ligação com membros da facção criminosa Comando Vermelho, que surgiu no Rio e atua em mais de 20 esDrogastados brasileiros atualmente.

O funkeiro divulgou na semana um comunicado no Instagram comentando sobre a prisão. Veja a íntegra do texto:

MC não é bandido. Hoje, o Poze foi surpreendido com um mandado de prisão temporária e uma busca e apreensão na sua casa. A acusação de associação ao tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido. 

Poze é um artista que venceu na vida através de sua música. Muitos músicos, atores e diretores têm peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados, porque se tratam justamente de obras de ficção.

A prisão do Poze, ou mesmo, a prisão de qualquer MC nesse contexto é, na realidade, criminalização da arte periférica, uma perseguição, mais um episódio de racismo e preconceito institucional. A forma absurda que o Poze foi conduzido é a maior prova disso.”