Brasil, 05 de maio de 2025
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Lula aceita demissão de Lupi e nomeia Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou, nesta sexta-feira (2 de maio), o pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. A decisão foi oficializada durante uma audiência no Palácio do Planalto e anunciada em nota divulgada pelo governo.

A substituição foi imediata. Lula convidou o secretário-executivo da pasta, o ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE), para assumir o ministério. A exoneração de Lupi e a nomeação de Queiroz serão publicadas ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.

Confira a íntegra da nota do Palácio do Planalto:

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, o pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante audiência no Palácio do Planalto.
O presidente convidou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, para ocupar o cargo de ministro.
A exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.”

A mudança ocorre em meio às investigações da Polícia Federal sobre fraudes no INSS, que identificaram o desvio de R\$ 6,3 bilhões por meio de descontos indevidos em aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024. Embora Lupi não seja alvo direto da operação, sua saída é vista como uma resposta à pressão política crescente e à crise de gestão no órgão.

Além da Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) também apura o caso. Em auditoria realizada entre abril e julho de 2024, com visitas a todos os estados e ao Distrito Federal, a CGU ouviu 1.273 beneficiários — dos quais 97,6% afirmaram não ter autorizado os descontos, e 95,9% disseram não estar vinculados a nenhuma associação.

Lupi, presidente licenciado do PDT, ocupava o cargo desde o início do terceiro mandato de Lula. Sua permanência vinha sendo questionada diante de críticas à gestão de temas sensíveis, como a fila de espera do INSS e a condução da reforma administrativa da Previdência. Apesar disso, o Planalto adotou um tom respeitoso na comunicação oficial de sua saída, sinalizando uma transição sem atritos.

Com a nomeação de Wolney Queiroz, o PDT permanece à frente da pasta, o que pode contribuir para manter o partido alinhado à base governista — ainda que parte da legenda defenda uma posição de maior independência em relação ao governo federal.