Brasil, 07 de junho de 2025
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Jornalista e escritora Míriam Leitão é eleita para a Academia Brasileira de Letras

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 A Academia Brasileira de Letras (ABL) tem nova imortal: a jornalista e escritora Míriam Leitão foi eleita nesta quarta-feira (30). Comentarista política da Globo, ela vai ocupar a cadeira número 7, que era do cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.

Na votação, feita com urna eletrônica, Miriam teve 20 votos contra 14 do segundo colocado, Cristovam Buarque. 

“A Miriam é uma grande jornalista, grande escritora e ela tem um espectro de interesse muito amplo, que coincide com os interesses da Academia Brasileira de Letras. Ela tem preocupações com o Meio Ambiente, tem preocupação com a democracia, com os negros, com a política oficial do governo sobre as minorias”, disse o presidente da ABL, Merval Pereira. 

Perfi

Míriam Azevedo de Almeida Leitão nasceu em Caratinga (MG) em 7 de abril de 1953. É a sexta filha de um total de 12 do casal Uriel e Mariana, ambos educadores, sendo ele também pastor presbiteriano. 

Iniciou sua carreira profissional no Espírito Santo, passando por Brasília e São Paulo, até se estabelecer definitivamente no Rio de Janeiro. em 1986. 

Como escritora, Míriam publicou 16 livros (veja a lista abaixo) em diversos gêneros literários, incluindo não ficção, crônicas, romances e literatura infantil. 

Como jornalista, atuou em jornal impresso, rádio, TV e mídia digital. Ao longo de seus 53 anos de carreira, trabalhou em vários veículos de comunicação, como Gazeta Mercantil e Jornal do Brasil. 

Desde 1991, Míriam faz parte do grupo Globo, onde é colunista do jornal O Globo, comentarista no Bom Dia Brasil, na Globonews e na CBN, além de apresentar o programa de entrevistas Miriam Leitão na GloboNews. 

Em dezembro de 1972, aos 19 anos e grávida, Míriam foi presa e processada pela Lei de Segurança Nacional devido à sua oposição à ditadura militar. 

Obras

Livros:

  • Convém sonhar, coletânea de crônicas e colunas, (Record), 2011
  • Saga brasileira, a longa luta de um povo por sua moeda, 2012 — Prêmio Jabuti de livro reportagem, e Jabuti de livro do ano de não ficção. ( Record), 2012
  • Tempos extremos, romance— finalista do Prêmio São Paulo (Intrínseca), 2014
  • História do futuro — O horizonte do Brasil no século XXI, livro-reportagem (Intrínseca), 2015
  • A verdade é teimosa — coletânea de colunas, (Intrínseca), 2017
  • Refúgio no sábado — crônicas, finalista do Prêmio Jabuti (Intrínseca), 2018
  • Democracia na armadilha — Crônicas do desgoverno, (Intrínseca), 2022
  • Amazônia na encruzilhada, 2024 — livro-reportagem — (Intrínseca) Prêmio Juca Pato, 2024

Infantis:

  • A perigosa vida dos passarinhos pequenos — Prêmio FNLIJ. Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ; Semi-finalista do Prêmio Jabuti, 2013, (Rocco)
  • A menina do nome enfeitado, 2014, (Rocco)
  • Flávia e o bolo de chocolate, 2015 (Rocco)
  • O estranho caso do sono perdido — Selo de Altamente Recomendável da FNLIJ, 2016 ( Rocco)
  • O mistério do pau oco, 2018, (Rocco)
  • As Aventuras do tempo, 2019, (Rocco)
  • O menino que conhecia o fim da noite, 2022, (Rocco)
  • Lulli, a gata aventureira, 2025, (Rocco)

Prêmios recebidos na atividade jornalística:

  • Prêmio Jornalismo para a Tolerância, da Federação Internacional de Jornalistas pelo caderno “A Cor do Brasil”, 2004
  • Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade de Columbia, 2005
  • Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos, pelo documentário “História inacabada”, sobre o desaparecimento de Rubens Paiva, 2012
  • Prêmio Esso pela reportagem feita com Sebastião Salgado “Paraíso Sitiado” sobre o povo indígena Awá Guajá – 2013
  • Prêmio Liberdade de Imprensa — ANJ — Associação Nacional dos Jornais, 2017
  • Prêmio Contribuição ao Jornalismo — ABRAJI — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, 2019