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Juiz vai determinar exumação de restos mortais de Iris Rezende devido a divergência em testes de DNA na ação de investigação de paternidade
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Um novo capítulo movimenta a interminável novela na ação de investigação de paternidade movida na 6ª Vara de Família de Goiânia por Carlos Roberto Alves da Cruz, que se apresenta como filho biológico do ex-governador de Goiás, ex-ministro, ex-senador e ex-prefeito da capital goiana, Iris Rezende Machado.
Sob fogo cerrado dos advogados das partes envolvidas, foi realizada a coleta de material genético dos herdeiros de Iris Rezende – Ana Paula, Adriana e Cristiano – para o exame de DNA determinado pelo juiz Javahé de Lima Júnior.
O exame foi procedido em dois laboratórios, sendo que um deles foi designado pelo magistrado que julga a ação. O outro foi escolhido pelos familiares de Iris para ter maior segurança na apuração do resultado. O suposto filho do político também teve material genético coletado.
Ocorre que houve divergência entre os dois laboratórios e a defesa impugnou os exames, alegando falta de segurança dos resultados. Assim o assunto voltou à estaca zero e o juiz deve determinar a realização do procedimento de exumação dos restos mortais de Iris Rezende, como estabelece jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entenda o caso do suposto filho biológido de Iris
Carlos Roberto Alves da Luz, de 60 anos, entrou com ação de investigação de paternidade para ser reconhecido como filho de Iris. Ele nasceu em maio de 1964, fruto de um suposto relacionamento de Iris com Eunice Alves Guimarães. Na época, o político era presidente da Assembleia Legislativa de Goiás. Iris soube da existência da ação de investigação de paternidade movida por Carlos Roberto antes de sua morte, em novembro 2021. Ele chegou a ser citado para ser ouvido pela 6ª Vara de Família de Goiânia.
A ação corre em segredo de justiça sob forte movimentação jurídica de dois escritórios de advocacia. Os filhos de Iris são representados pelos advogados Ana Vitória Caiado e Alexandre Alencastro Veiga Hsiung, que recorreram várias vezes para suspender a coleta de material genético. Carlos Roberto, por seu turno, constituiu os advogados Rafael José Neves Barufi e Delvânio Alves dos Santos, que atuam em Goiânia.
Falecido em 2021, Iris deixou uma herança milionária.. O valor estimado dos bens seria superior a R$ 200 milhões. O patrimônio de Iris inclui fazendas com extensas plantações de sola e milhares de cabeças de gado, imóveis de alto custo, participação em empresas, além de um avião turbohélide King Air.
