
A cela onde o ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso tem cama de alvenaria e vaso sanitário, pia e chuveiro privativos. Ele vai ficar sozinho em uma unidade especial destinada a presos “famosos” do estado de Alagoas, no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. O local está superlotado, com 429 presos a mais que a capacidade máxima.
A cela especial de Collor fica em uma parte do presídio chamada “Módulo Especial” e é conhecida internamente como “Vila”. Longe dos espaços onde ficam os presos comuns, o local tem 12 celas privativas, sendo seis em cada lado. Metade delas tem fechamento com grades, enquanto a outra tem portas de madeira.Cel
Entre os novos vizinhos de cela de Collor na “Vila”, estão o advogado e tiktoker João Neto, que está preso preventivamente desde o último dia 14 por violência doméstica. Outro é o promotor de Justiça Carlos Fernando Barbosa de Araújo, condenado, em 2014, a 76 anos de reclusão por abusar de suas próprias filhas.
Segundo pessoas que atuam no dia a dia do presídio, ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, as celas da “Vila” têm seis metros quadrados –três metros de comprimento por dois metros de largura. Os presos detidos nesses espaços também têm um espaço reservado para banho de sol.
Além da cama de alvenaria e do banheiro privativo, os presos especiais podem trazer ao local mobílias da própria casa, como escrivaninhas e até mesmo frigobares. Eles também podem instalar cortinas, desde que recebam permissão para isso.
Apesar do conforto oferecido aos presos especiais, relatório do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), encaminhado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no início deste mês, revela que as condições estruturais do Baldomero estão “péssimas”. Atualmente, 1.324 presos ocupam o presídio, projetado para acomodar 892 detentos.