
Com a morte do papa Francisco aos 88 anos, nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica começa a se movimentar para o processo de escolha de seu novo líder.
O ritual, conhecido como conclave, é cercado por uma mística e desperta a curiosidade de mais de um bilhão de fiéis católicos espalhados pelo mundo.
O Colégio dos Cardeais, composto por clérigos católicos de alto escalão, elegerá o próximo papa. Para ser elegível, o candidato deve ser um católico romano batizado do sexo masculino, mas há séculos que os cardeais selecionam exclusivamente alguém de suas fileiras.
Atualmente, existem mais de 240 cardeais em todo o mundo. Só aqueles com menos de 80 anos têm voto no conclave. E, embora o número de eleitores costume ser limitado a 120, atualmente há 138 deles.
Segundo especialistas em Vaticano, existem dois nomes brasileiros na corrida para assumir o posto mais alto da Igreja Católica.
Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, o cardeal é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, também em São Paulo, e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.
Rocha foi criado cardeal pelo Papa Francisco em 2016. Foi nomeado arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil em 11 de março de 2020.
Antes de assumir a primazia da arquidiocese de Salvador, Rocha foi arcebispo em Teresina e em Brasília. Em 2021, o cardeal foi nomeado membro da Congregação para os Bispos pelo Papa Francisco. A Congregação para os Bispos é um dos principais organismos da Cúria Romana, que cuida da criação das dioceses, da nomeação de bispos, das visitas ad Limina e dos encontros de bispos novos.
Elevado pelo Papa em maio de 2022, Steiner tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. Nascido em Forquilhinha (SC), ele fez sua profissão religiosa na Ordem dos Frades Menores em 1976, ainda aos 25 anos, e foi ordenado sacerdote dois anos depois.
Nomeado bispo em 2005 pelo Papa João Paulo II (1920-2005), ele tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020, após assumir o cargo ocupado por Dom Sergio Castriani desde 2012.
O cardeal é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Ele também obteve a licenciatura e o doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma.
Ainda em 2020, Steiner declarou ter considerado sua nomeação como cardeal “uma expressão de carinho, acolhida, proximidade e cuidado do Papa Francisco para com toda a Amazônia”