
A cidade de Nova York foi novamente palco de um protesto em grande escala neste fim de semana de Páscoa. Milhares de manifestantes tomaram a 5ª Avenida com cartazes, bandeiras e gritos de resistência contra o ex-presidente Donald Trump. O ato, que ocorreu simultaneamente em ao menos 200 cidades dos Estados Unidos, foi articulada por ativistas e organizações da sociedade civil. Eles denunciam o avanço de medidas que colocam em risco os pilares democráticos, além de ataques sistemáticos a imigrantes e ao respeito aos direitos humanos.
Com o slogan “Não nos esconderemos”, os organizadores buscaram mobilizar não apenas a população progressista, mas também os grupos mais vulneráveis, como resposta à ausência de uma oposição política coordenada e efetiva. O objetivo declarado é ocupar as ruas de maneira permanente, mantendo a vigilância e a resistência contra políticas consideradas autoritárias.
Em Nova York, os manifestantes seguiram em marcha até o Central Park, atendendo ao apelo dos organizadores para que “não cedam ao medo”. A manifestação foi marcada por forte simbolismo patriótico, com centenas de bandeiras dos Estados Unidos e cartazes que rejeitavam a ideia de que o país tenha um “rei” – uma crítica direta a Trump e ao estilo personalista de sua liderança.
Apesar da ausência de uma liderança partidária unificada, os protestos revelam a tentativa da sociedade civil de ocupar esse vácuo com ações diretas. A aposta no “barulho das ruas” é, segundo os organizadores, uma forma de manter a pressão social e política até que haja mudanças efetivas no cenário nacional.
Com uma oposição política ainda em processo de reorganização após a última eleição, os atos têm sido encarados como um termômetro da insatisfação popular e um lembrete de que parcelas significativas da população continuam mobilizadas.