
Um tribunal francês tornou a líder de ultradireita, Marine Le Pen, ide 56 nos, inelegível nesta segunda-feira (31) após considerá-la culpada por apropriação indébita de fundos da UE, sendo impedida de se candidatar a um cargo público pelos próximos cinco anos, com efeito imediato.
A decisão impede Le Pen de concorrer à presidência em 2027. Ela também foi condenada a pagar uma multa de 100 mil euros.
A sentença vira a política na França de ponta a cabeça. Líder do partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), ela era a favorita nas pesquisas de opinião para a votação de 2027
A proibição automática de cinco anos prejudicaria Le Pen, candidata presidencial três vezes que afirmou que 2027 será sua última corrida para o cargo mais alto. Ela manteria sua cadeira parlamentar até o fim de seu mandato.
A líder política, que não falou com repórteres quando chegou ao tribunal, acusou os promotores de buscarem sua “morte política”, alegando uma conspiração para manter a RN longe do poder que ecoa as alegações feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre seus problemas legais.
Le Pen, o RN e duas dúzias de figuras do partido foram acusadas de desviar fundos do Parlamento Europeu para pagar funcionários do partido baseados na França.
Os réus afirmam que o dinheiro foi usado legitimamente e as alegações definem muito estreitamente o que um assistente parlamentar faz.
No entanto, o juiz Benedicte de Perthuis decidiu: “Foi estabelecido que todas essas pessoas estavam realmente trabalhando para o partido, que seu legislador (da UE) não havia dado a elas nenhuma tarefa.”
“As investigações também mostraram que esses não foram erros administrativos… mas apropriação indébita na estrutura de um sistema estabelecido para reduzir os custos do partido.”