Apesar da SES ter triplicado a rede, Goiás vive um estado de extrema pressão no sistema de saúde. O número de pedidos de internação é mais do dobro dos pedidos que tiveram na primeira onda (Foto: Secom-GO)
Entrevistado do dia 11 de março, no Jornal Brasil Central, o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, informou que recebeu a garantia do governo federal de que, a partir de agora, toda quarta-feira Goiás estará recebendo uma remessa de vacinas. “Temos mantido interação com o governo federal e, de tudo que chegar, Goiás terá sua parcela. Foi nos informado que em todas as quartas-feiras nós receberemos vacinas, ainda em pequenas remessas, a última foi de 69.800 doses. Mas, mantendo essa regularidade, já facilita nosso planejamento”, afirmou. Segundo ele, já existe em Goiás uma percepção subjetiva da diminuição da internação de idosos por causa da Covid-19.
Ele mostrou-se apreensivo e preocupado com a situação vivida pelo Brasil, com recordes sucessivos de óbitos, extrapolando ontem os 2 mil. “Em Goiás a gente vive também um estado de extrema pressão no sistema de saúde. O número de pedidos de internação é mais do dobro dos pedidos que tivemos na primeira onda. Apesar de termos praticamente triplicado a rede, mesmo assim os leitos estão praticamente preenchidos e a rede privada com 100% de lotação”, observou.
Ismael confirmou que as novas variantes são um problema e citou a do Reino Unido sendo descrita com maior transmissibilidade e maior carga viral. “Significa que ela propaga e contamina muito mais rápido”, anotou. Disse que Goiás investiu bastante na estrutura pública hospitalar, criando leitos, para que continuem depois da pandemia. “Cada real aplicado aqui na saúde tem lastro, como leito, equipamento e um hospital que foi ampliado. Todos os hospitais de campanha que abrimos continuam. Só um, da esfera federal, foi desmobilizado pela mesma esfera federal. Hoje temos muito mais leitos que na primeira onda”, sentenciou.
Sobre uma notícia divulgada de que Goiás devia a uma empresa fornecedora de gás, ele explicou que houve um erro e a própria empresa já desfez o mal entendido, informando que a dívida era do Distrito Federal. “Goiás tem oxigênio suficiente, seja de empresa ou de produção própria. Aqui não tem indício de faltar oxigênio, nem insumos, porque ampliamos nossos estoques”, assegurou.
Fonte: ABC Digital- GO