
Após nove meses presos no espaço, os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams devem enfrentar uma série de consequências fisiológicas ao retomarem a vida na Terra. Eles já pousaram nos Estados Unidos e o impacto da longa permanência em microgravidade gera preocupação para os especialistas.
Os astronautas retornaram da Estação Espacial Internacional (ISS) às 21h57 GMT, em uma nave da empresa SpaceX, do empresário Elon Musk. A cápsula Crew Dragon fez uma viagem de 17 horas até as águas do Golfo do México, onde foi resgatada por um barco.
As equipes em terra explodiam de alegria enquanto a nave Freedom, carbonizada pelas temperaturas escaldantes, balançava firmemente sobre as ondas. Lanchas se aproximaram da cápsula para fazer as verificações de segurança, escoltadas por um grupo de golfinhos brincalhões.
A exposição prolongada à ausência de gravidade pode levar à perda de densidade óssea, atrofia muscular e alterações no sistema cardiovascular, como a redução da massa cardíaca e a hipotensão ortostática. Além disso, existe o risco de problemas de visão, associados à Síndrome Neuro-Ocular Relacionada ao Voo Espacial (SANS), além de dificuldades de equilíbrio e coordenação ao readaptar-se à gravidade terrestre, o que pode causar desmaios frequentes nos primeiros dias.
Outro fator preocupante é a exposição contínua à radiação cósmica, que aumenta o risco de desenvolvimento de câncer a longo prazo. Por isso, ambos precisarão passar por um período de readaptação e acompanhamento médico rigoroso após o retorno.