Brasil, 21 de abril de 2025
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Internacional

Com apoio de Trump, Netanyahu diz que ataque que matou mais de 400 pessoas em Gaza “é só o começo”

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 O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em declaração dada na base militar de Kirya, em Tel Aviv, foi enfático sobre o retorno dos ataques. “O Hamas já sentiu o golpe do nosso braço nas últimas 24 horas. E eu quero garantir a vocês: isso é só o começo”, afirmou o primeiro-ministro.

Netanyahu também culpou o Hamas pelas vítimas civis e orientou os moradores de Gaza a evacuarem áreas consideradas de risco. “De agora em diante, Israel agirá contra o Hamas com força crescente. E de agora em diante, as negociações só ocorrerão sob fogo”, declarou, segundo informou a agênia noticiosa Reuters.

Os ataques aéreos atingiram casas e acampamentos de tendas em toda a Faixa de Gaza, de norte a sul. Testemunhas relataram que mísseis foram disparados por aviões israelenses sobre a Cidade de Gaza durante a noite de terça-feira. “Foi uma noite de inferno. Pareciam os primeiros dias da guerra”, disse Rabiha Jamal, de 65 anos, moradora de Gaza.

Após quase dois meses de relativa calma, ataques aéreos israelenses atingiram a Faixa de Gaza na terça-feira (18), matando mais de 400 pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas. O presidente dos EUA, segundo Israel, foi informado e avalizou os ataques.

O exército israelense emitiu ordens de evacuação para famílias em Beit Hanoun, no norte de Gaza, e em áreas orientais de Khan Younis, no sul. Os moradores deixaram suas casas levando apenas o que podiam acessar. “As crianças estavam apavoradas. Pegamos o que conseguimos e saímos o mais rápido

O coordenador de ajuda emergencial da ONU, Tom Fletcher, afirmou que os “ganhos modestos” detectados durante o cessar-fogo foram destruídos. A situação humanitária em Gaza já era alarmante antes da retomada dos ataques. Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária por mais de duas semanas, agravando a escassez de alimentos, água em

Em meio à crise, os hospitais em Gaza enfrentam dificuldades para lidar com o alto número de vítimas. Segundo autoridades de saúde palestinas, entre os 408 mortos, muitas eram crianças. 

(Com informações da Reuters)