
As tarifas de 25% sobre aço e alumínio anunciadas pelo presidente Donald Trump no mês passado estão em vigor desde as 0h00 desta quarta-feira (12). A medida atingirá diretamente países como Canadá e Brasil, dois dos maiores fornecedores de aço para o mercado norte-americano. A informação foi divulgada pela agência Bloomberg.
A decisão de Trump marca o fim do entendimento firmado em 2018, durante o primeiro mandato do republicano, que estabelecia cotas para a exportação de aço brasileiro sem tarifas adicionais. Agora, todos os produtos de aço e alumínio importados pelos Estados Unidos estarão sujeitos à nova taxação, sem exceções.
O Brasil, que é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, tentou evitar a aplicação das novas tarifas. Na semana passada, o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com representantes do Departamento de Comércio de Trump para pedir o adiamento da medida, sem sucesso.
De acordo com o Instituto Aço Brasil, o país exportou em 2024 cerca de 5,6 milhões de toneladas de aço para os EUA, sendo 3,4 milhões de toneladas de placas e semiacabados — o equivalente a US$ 5,7 bilhões em divisas. O acordo de 2018 permitia ao Brasil exportar até 3,5 milhões de toneladas de placas e semiacabados e 687 mil toneladas de laminados sem a tarifa extra. A nova decisão do governo Trump anula esse regime preferencial, impondo a tarifa de 25% sobre toda a exportação brasileira de aço.
O setor de alumínio também será afetado, embora em menor escala. Em 2024, o Brasil exportou US$ 267 milhões em alumínio para os EUA, representando cerca de 17% da produção enviada para o exterior.