
O bilionário Elon Musk, conhecido por suas declarações polêmicas e por seu papel influente na administração Trump, manifestou apoio à ideia de que os Estados Unidos se retirem da Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN) e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em resposta a uma postagem de um influenciador político de direita na rede social X – antigo Twitter – Musk publicou um simples “I agree”, reforçando uma corrente conservadora que questiona o valor e a eficácia dessas instituições internacionais
A mensagem de Musk não veio isolada. Nos últimos meses, vozes como a do senador Mike Lee têm ecoado críticas severas à OTAN, argumentando que a aliança militar não tem mais razão de ser após o fim da Guerra Fria e que os aliados europeus não contribuem de forma justa para os gastos coletivos dos EUA. Essa postura, que também se estende à ONU, ganha força em um contexto de corte de gastos e redefinição da política externa norte-americana, marcada por medidas que visam priorizar o “America First”
Dentro desse cenário, a administração Trump tem adotado uma agenda de reestruturação, que inclui a redução de financiamentos e até a desarticulação de órgãos tradicionais de ajuda e cooperação internacional. As críticas de Musk reforçam esse movimento, ao denunciar o que chamou de “instituições anacrônicas” e sugerir que sua manutenção representa um fardo financeiro e ideológico para os Estados Unidos.
Enquanto aliados do governo defendem que a retirada de tais organismos poderia significar a recuperação de recursos destinados a outros fins considerados prioritários pelo novo modelo de gestão estatal, especialistas alertam para os riscos de um isolamento internacional que pode enfraquecer a capacidade dos EUA de exercer influência global e responder a crises multilaterais.
A manifestação de Musk, embora breve, reflete um sentimento de insatisfação com o sistema internacional vigente e sinaliza uma possível mudança de rumo na política externa americana.