
Jorge Guaranho, ex-policial penal do Paraná, foi condenado a 20 anos de prisão nesta quinta-feira (12/2) por ter matado Marcelo Arruda, então dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, no Paraná. O assassinato, cometido em 2022, ocorreu durante a festa aniversário de Arruda.
A decisão, proferida pelo Tribunal do Júri do Paraná, prevê prisão por pena de homicídio duplamente qualificado. A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. A decisão judicial cabe recurso. O Correiotenta contato com a defesa de Jorge Guaranho e em caso de resposta, o texto será atualizado.
O julgamento durou três dias e foram ouvidas testemunhas e apresentadas as alegações da acusação e da defesa. A defesa de Guaranho alegou legítima defesa e negou motivação política no crime, porém, o júri considerou que o homicídio foi motivado por intolerância política.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná. Segundo o órgão, Guaranho invadiu a festa de Arruda motivado por divergências políticas e efetuou disparos de arma de fogo contra ele. A acusação sustenta que o crime foi cometido por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, o que configura as qualificadoras do homicídio.
Testemunhas afirmaram que Guaranho chegou ao local exaltado e proferindo palavras agressivas antes de atirar em Arruda, que, mesmo ferido, conseguiu reagir e atingir o agressor. À época, o PT lamentou o ocorrido e disse que Marcelo Arruda foi vítima da “intolerância, do ódio e da violência política”.