
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã desta quinta-feira (6) operação para investigar o desvio de recursos públicos na área da Saúde em Goiás no período de 2012 a 2018. Durante a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Goiânia e 1 em Brasília. Os mandados foram emitidos pela 11ª Vara Federal, que também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados, numa tentativa de recuperar parte dos recursos desviados.
Segundo a Polícia Federal, as investigações revelaram que os desvios de verbas ocorreram por meio de uma Organização Social (OS), contratada pelo Governo de Goiás entre 2012 e 2018. Essa OS, conforme apurado, subcontratava empresas ligadas a políticos e administradores da própria organização. Parte do dinheiro recebido por essas empresas era então repassada aos políticos e aos gestores da OS, configurando um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos, prática ilegal e altamente prejudicial à sociedade. A PF ainda não divulgou os nomes dos investigados, o que mantém o caso em segredo, mas gera especulação sobre quem pode estar envolvido.
Além do desvio de verbas, as investigações também apuram crimes como corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Esses crimes, se comprovados, podem levar os envolvidos a penas que podem ultrapassar 40 anos de reclusão quando somadas.
Caso as acusações de corrupção e organização criminosa se comprovem, a operação pode ter um grande impacto, levantando questões sobre a fiscalização de Organizações Sociais (OSs), que de gorma recorrente vezes são denunciadas por desvio de recursos públicos.